segunda-feira, 12 de maio de 2014

♣ A Curiosidade não matou o gato: Bastet, a deusa gato.


Eu sempre possuí um incrível fascínio com relação a mitologia em geral, eu atribuo isso aos jogos da minha infância / adolescência (cresci jogando a incrível Lara Croft, nas mais diversas aventuras dos games Tomb Raider). Contudo, de todos os deuses e deusas das mais diversas mitologias, eu tenho uma leve paixão pela deusa gato do Egito: Bastet.
Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres, é representada por uma mulher com cabeça de gato, ou uma gata preta. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Ártemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua (como sempre, os gregos chegando e metendo o bedelho onde não foram chamados). Seu centro de culto era Bubastis, cujo nome em egípcio — Per-Bastet — significa Casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas espalhadas pelo mundo.
Os Egípicios chamavam o gato de myw, que correspondia ao som que o bichano emite, ou seja, o nosso conhecido miau (ou o meow), palavra onomatopaica que indica o miado do felino. O gato, aliás, era um dos bichos mais estimados no Egito. Bastet era uma divindade bastante antiga, e foi a partir do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) que ela começou a ser associada com o gato doméstico. Seu nome significa "deusa do bas", palavra que identifica um jarro de unguento para cerimônias funerárias. Símbolo do amor materno, da fecundidade e da doçura, protegia os lares e a partir da IV dinastia (c. 2575 a.C.) aparece como mãe do faraó, a quem ajuda. Sendo os soberanos da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.) oriundos de Bubastis, tornaram a deusa de sua cidade natal uma divindade de cunho nacional. Dessa época em diante foi considerada filha de Rá e os poderes benéficos do Sol lhe foram incorporados.
No Egito os arqueólogos encontraram cemitérios inteiros de animais sagrados mumificados. Essa prática cresceu de importância no período mais recente da história do Egito antigo, sob o domínio dos Ptolomeus. Por isso, não deve ser considerada típica da vida religiosa do Egito em seu auge. Os cemitérios de animais estavam situados nas proximidades de seus respectivos centros de culto. Assim, os gatos, que representavam essa deusa Bastet da alegria e do amor, eram mumificados e enterrados em Bubastis.
A mumificação de animais e pássaros, em verdade, era muito grosseira e o corpo era freqüentemente reduzido a um esqueleto antes de ser envolto em bandagens. Tais bandagens, porém, eram aplicadas com grande habilidade e todos os esforços eram envidados para produzir uma múmia convincente na aparência. Essa múmia de gato, do Período Tardio, por exemplo, está cuidadosamente envolta por numerosas tiras de linho (pra mim ela parece um porquinho, mas tudo bem).



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